Combo Espiritualidade
Esse livro é um convite a caminhar por caminhos que, talvez, não estejamos acostumados a percorrer. A intenção aqui passa longe da imposição de uma ideia, da defesa de um argumento, do cumprimento de alguma agenda ou da propaganda de um produto. O que move esse convite é o sentimento de solidariedade, de compaixão e compreensão da condição humana, a partir de quem vive, sofre, continua caminhando, e não consegue fazer isso calado sem tentar, de alguma forma, ajudar seus companheiros de jornada. Outra motivação é a gana pela transformação de si mesmo e do contexto que nos cerca em busca de algo melhor e mais pleno. Um tipo de transformação que promove o ser humano em direção à sua natureza como alguém radicado na concretude e transcendido pelo divino. Assim, o tema da espiritualidade surge como o condutor, sendo definido como algo que extrapola o reducionismo religioso cristão, adentrando a esfera daquilo que é próprio à energia vital humana. Por isso, a espiritualidade está em todos os seres humanos que buscam o sentido da vida e buscam transcender sua realidade. Por isso, nada foge à espiritualidade, nem mesmo o ateísmo declarado. Por isso, também, ela se faz representar por tudo de bom e de ruim que a vida humana apresenta, seus prazeres e suas tragédias. Viver a espiritualidade é, portanto, abraçar a condição humana em sua plenitude, aprendendo a gozá-la. Marcos Orison (Do epílogo do livro)
Afinal, onde está Deus diante do mal, do sofrimento do mundo, do meu sofrimento? Seria Deus omisso, ou um sádico castigador? Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? Essas perguntas me acompanharam por um bom tempo. Não mais! Nesta obra vamos juntos percorrer a jornada que conduzirá ao encontro com as respostas à essas inquietações a partir da Teologia da Esperança do célebre teólogo alemão, Jürgen Moltmann, sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, que do alto dos seus 95 anos e ainda em plena atividade, é considerado o maior teólogo protestante vivo. Convido você a descobrir o Deus que, pela encarnação e paixão de Cristo, sofre, sente todos os gritos, todas as lágrimas, a solidão, o abandono, a própria morte. O Cristo crucificado é o próprio Deus vivendo a vida humana com todas as suas mazelas e misérias. Não há dor humana que não seja também dor de Deus. Mas o Cristo que sofreu e foi crucificado, ressuscitou. As forças da injustiça, do desamor e da morte não prevaleceram. O Reino de Deus não é um evento a ser aguardado de maneira passiva. É aqui que devemos manifestar e anunciar esse Reino numa esperança ativa, engajada, numa escatologia não só para a eternidade, mas para já! Além dessas questões, no final do livro há uma entrevista exclusiva concedida por Moltmann sobre esperança e sofrimento nos dias de hoje.
Eu não saberia explicar as razões da minha fé. Não consigo expressar os porquês da minha devoção. Minha espiritualidade não serve para convencer uma pessoa indiferente. Eu falharia em gerar apetite pelo que transcende. O mistério que tempera o meu viver talvez não sirva em pratos alheios. Minhas convicções não são transferíveis. Minha sede do eterno não é matemática, inamovível. Eu balanço em terremotos. O que dizer de Deus? Pouco. Melhor o silêncio. Que as poucas palavras, então, sejam esforço – precário – de expressar reverência. Ricardo Gondim
Livro Quem é Jesus Cristo para nós hoje?
Quem é Jesus Cristo para nós hoje? Na resposta a esta pergunta se encontra a certeza da fé cristã. Onde está Deus na dor dos seres humanos que sofrem a violência? Onde está o Reino de Deus de paz e justiça para todos? Estamos à procura de portadores de esperança para nós e para nosso mundo. Procuramos pelo “Cristo”. Diante de nossa situação, testamos hoje as respostas de ontem. Tentamos traduzi-las em nosso tempo. Mas o Cristo ainda é suficientemente relevante para responder aos problemas contemporâneos? Esta não é uma resposta da razão, mas uma resposta da vida. Confessar a Cristo e segui-lo são os dois lados da mesma coisa: da vida na comunhão com Cristo. Nós precisamos de uma resposta com a qual nós possamos viver e morrer. Toda Cristologia está relacionada à prática de Cristo. Nós cremos em Cristo com todos os nossos sentidos, assim como só se pode crer em Deus de todo o coração e com todos os sentidos. Nossa experiência de fé na ressurreição é confrontada com a morte. A fé na ressurreição ganha significado na luta do amor contra a morte. Nós experimentamos a ressurreição já aqui, em meio à vida, quando resistimos à morte em meio à vida. Quando nos rebelamos contra as opressões e feridas às quais a vida está sujeita. No amor a ressurreição é vivenciada, pois o amor vivifica. E o amor não deixa que nada nem ninguém se perca. Ele vê um futuro no qual Deus vai refazer todas as coisas e pô-las em ordem, e as ajuntará em Seu Reino.
Livro O ser humano
A teologia não está restrita ao ambiente da piedade eclesial, mas também ao mercado público das culturas. Nos conflitos intelectuais do presente, a antropologia cristã precisa demonstrar sua verdade que leva à verdadeira humanidade. Se tornando um ser questionador de si mesmo, o ser humano cai num dilema. Ele é, simultaneamente, o que questiona e o que é questionado. Então, é inevitável que todas as perguntas que ele se faz ou que são feitas por outros sejam insuficientes. Assim como ele procura ir atrás das coisas, para as conhecer e delas se utilizar, ele deseja também ir atrás de si mesmo, para se conhecer. Mas quanto maior é o número de respostas possíveis, mais ainda ele se torna, para si mesmo, incompreensível. Assim, o ser humano se transforma em grande mistério para o próprio ser humano. Ele precisa conhecer-se para viver e para se tornar conhecível para os outros. Mas como superar essa fragmentação? A fé cristã anuncia o caminho da reconciliação. A humanidade procedente da experiência da reconciliação leva à esperança em vista deste mundo não redimido. A esperança se orienta pelo reino do Filho do Homem que coloca o esperante em oposição às desumanidades que ele vê. A esperança muda uma pessoa porque lhe mostra suas novas possibilidades. O peculiar da possibilidade cristã reside em que ela é nascida da lembrança na ressurreição do Filho do Homem crucificado. Pois essa lembrança diz que Deus não iniciou o futuro dos seres humanos nos cumes do progresso humano, mas com esse humilhado. A esperança que é nascida da lembrança do crucificado leva, por isso, a esperar onde nada pode ser esperado. Ela vê o futuro do ser humano não no progresso, mas em suas vítimas.
Livro Diaconia no horizonte do Reino de Deus
Teologia significa conhecimento de Deus. Mais precisamente, reconhecimento da revelação da vontade de Deus. Toda pessoa que crê reconhece um pouco disso. Por isso, na verdade, todo crente é um teólogo. Os teólogos devem reconhecer na teologia a busca pela conexão entre sua área particular de especialização teológica e a práxis. A teologia diacônica que está emergindo é um passo decisivo nesta direção. O método da compreensão e da interpretação das Escrituras indica o caminho do texto para a prática. Diaconia é uma forma de interpretação do texto sagrado por meio da
práxis, e teologia diacônica é, então, a consciência crítica dessa prática. Sem ela, as outras atividades teológicas cristãs
e suas formas teológicas de consciência não são apenas pobres, mas também incongruentes com aquele que as vocaciona: Jesus Cristo. Somente na construção de vida comunitária entre impedidos e não-impedidos, sãos e doentes, jovens e idosos, homens e mulheres se pode superar o isolamento da atual sociedade segregacionista. Por meio deles, o
mal social será atacado em sua raiz. Por isso a diaconia cristã não pode entender-se como acréscimo voluntário de serviço social àquilo que é oferecido pelo poder público. Mas, a diaconia é cristã, sempre que surge a partir da comunidade de fé e, espiritualmente, dedica-se a combater a injustiça, a segregação e o mal presentes no mundo e na sociedade através do anúncio do reino de Deus.
Dentro de uma perspectiva pastoral cristã, mas sem proselitismos religiosos, o livro propõe um caminho de cura e restauração às pessoas que sofrem com relacionamentos abusivos, sejam eles no trabalho, nas relações amorosas ou familiares. O Deus da bíblia é um Deus de libertação e consolo a todos que se encontram dentro de relacionamentos ou relações aprisionadoras. As dores e os traumas são forças capazes de fazer uma pessoa parar na vida. O desprezo e a frieza dos relacionamentos tóxicos são como venenos presentes na humanidade que matam e fazem matar. É urgente libertar-se deles! Que este livro possa apontar caminhos de libertação. Como autor, minha intenção é que todos e todas que leiam este livro, e que de alguma forma se identi?quem nos temas debatidos, encontrem auxílio e plenas condições de se libertarem dos relacionamentos tóxicos que aprisionam. Não apenas isso, mas que tenham também condições de ajudar outras pessoas em situação de risco a se libertarem dos abusos relacionais.
Código | 531 |
Categoria | ANIVERSÁRIO RECRIAR |